Era apenas
mais uma, mas não entre muitas. Nesse ponto era única.
Nunca
imaginara estar num outro lugar que não o principal.
Aconteceu.
Um dia, tornou-se secundária. Mas não porque quis.
Simplesmente,
deixou acontecer.
Todas
aquelas convicções foram caindo
Uma a uma.
Até
deixá-la sem argumentos.
“– Ah, mas
eu não sabia!”
Ou não
queria saber.
Aquilo tudo
já tinha tomado conta
De uma
forma que nem tinha percebido.
Quando viu,
já nem se importava com o seu novo papel
E virou
apenas, mais uma.
Porém, havia
aqueles momentos em que nada mais parecia existir
Só aquele
momento. Que sempre parecia ser o último.
Naquele
instante, ganhava de volta o papel tão valorizado: o principal
E isso era
único.
Aquele
gosto intenso de incerteza
Convidava o
seu monótono sossego à vida
E isso a
incitava a querer mais e mais
Mesmo se, no
fundo, estava certa de que jamais lhe caberia
Riscar o “apenas mais” e tornar-se o “uma”.
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