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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

- Qual é a boa de hoje? Nada, pra variar...


Belas praias, povo hospitaleiro, cidade relativamente tranquila, temperatura média em torno dos 26°C... Parece a descrição de um paraíso. De fato, Jampa (vulgo João Pessoa) possui todas essas e outras qualidades, especialmente se você pensar num lugar bom pra descansar, pra viver depois da aposentadoria, pra ter sombra e água fresca.

Mas, para quem é jovem e cheio de energia, Jampa nos brinda com diversos finais de semana de pura... pasmaceira! Falta do que fazer mesmo. Ainda mais para aqueles que fogem ao modo de ser típico local, ou seja, ao estilo forrozeiro-micareteiro.

Às vezes penso que a minha vida noturna seria mais fácil, por aqui, se eu tivesse o tal estilo, assim teria muito mais opções: poderia frequentar os shows do Forrock, com todos aqueles "boyzinhos" com os primeiros botões da camisa abertos, de onde sai um tufinho do peito, uma correntinha no pescoço e calças jeans "arroxadas"; as boates da feirinha de Tambaú, onde certamente iria num salto 15cm, com meus cabelos tingidos de loiro e chapinha desde o folículo piloso (e onde encontraria uma programação, que dificilmente varia, do tipo: Forró Riqueza, Bereguedê, Ala Ursa e afins); o Golfinho no Bessa; ir ao Parque Cowboy (baixando mais o nível), entre outros. Porém, como não tenho esse mau gosto, as opções ficam muito mais restritas e até, nulas.

Me restam alguns bares da feirinha de Tambaú, que não abrem aos domingos e os quais eu não aguento mais nem passar na frente, showzinhos alternativos-com-as-mesmas-caras-de-sempre do Centro Histórico (isso quando tem um) ou casas de amigos, que tem sido a solução para fins de semana "nulos". Vire e mexe surge algum barzinho "sensação do momento", que em pouco tempo perde a graça, vai ficando decadente e, não raro, fecha.

E por aí vai...

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*Uma música para a atual "fossa":

"Já é setembro / tudo passando / amigos e mesa de bar /
nada de novo / nada mais, nada mais." (Nada de novo - Eddie)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Às vezes, fazer besteira é necessário!


Num impulso faço aquilo que, em outro momento, já havia passado pela minha cabeça, mas que um "filtro" chamado juízo tratou de reter. A ideia esvaiu-se, porém como em todo filtro, os resíduos continuam ali. De repente, num surto de "ah, não quero nem saber!" esqueço o que me segurava e... Está feito o estrago!

No instante seguinte, de volta à minha própria consciência, vem a pergunta: "Será que deveria ter feito isso?" E uma espécie de ressaca moral invade o meu estado de espírito, temporariamente... Mas, ao me dar conta que aquele nó na garganta, que estava cada vez mais apertado, se desata - coisa que há tempos tentava, sem sucesso, fazer - sinto que aquela era uma "pequena besteira" necessária.

Sabe aquela coisa que você julgava errada mas que, no fim das contas, acabou se tornando o melhor a se fazer? É aquilo que você faz por impulso, no calor das emoções (ou sob efeito alcoólico), e que logo em seguida você bate na testa e pensa: "Que merda eu fiz!". Entretanto, ao analisar melhor a situação, você vê que não foi tão ruim assim e que se pode tirar um bom proveito disso.
E as consequências? Mesmo que ainda não se consiga medi-las, você sabe que não são graves e espera que não deixem sequelas.

Não foi a primeira vez que isso aconteceu, nem vai ser a última. Às vezes as coisas se resolvem estranhamente. Você fica um tempo procurando a solução, racionalmente, e nunca a encontra. De uma hora pra outra, numa atitude "impensada" ou "improvável" (e certamente inesperada) tudo começa a ficar mais leve. Foi a partir daquele "tropeço" que você passou a enxergar a situação por outros ângulos, mesmo que tenham aparecido alguns hematomas e pequenos arranhões.

Todo mundo já fez pelo menos uma besteirinha na vida. Isso é fato. Mas, você já fez alguma da qual não se arrependeu depois?

segunda-feira, 6 de julho de 2009

"Beleza não põe mesa"... E feiura, põe?


Numa balada:
(as meninas)
- Que personalidade a daquele cara, hein! Impressionante.
- É verdade. Ele tem uma personalidade altamente pegável!
...
(os caras)
- Véi, você não vai acreditar. Eu peguei a mina mais inteligente da festa!
- Pow, mandou bem.
...

É lógico que esse papo não existe, ainda mais numa balada. Certamente você não vai chegar numa festa e paquerar as pessoas pela sua personalidade e inteligência. Pode-se até encontrar alguém com essas características, mas você não vai descobri-las de cara (literalmente) e ninguém sai em busca, especificamente, disso.

Quando alguém tenta paquerar com os(as) mais gatos(as) da festa sem sucesso, acaba partindo pros bonitinhos/ charmosos /pegáveis - aquelas pessoas que "dão pro gasto" - mas não venha me dizer que não se importa com isso e que escolhe, muitas vezes, um ser "exótico" (a não ser que seja fim de festa e você esteja deseperada(o) ou que seja uma alma caridosa e goste de fazer a alegria dos feios). Porém, como todo mundo sabe, a beleza é relativa... Ainda bem!

Beleza é importante sim, pelo menos de início, pois é o que atrai logo de cara. Depois, se não houver conteúdo, uma pessoa com um mínimo de neurônios vai se cansar fácil daquela linda "porta". E os exóticos ou mais ou menos, se forem interessantes, levam mais vantagem quando há uma certa convivência, o suficiente para serem descobertos. MAS, quem não gostaria de unir o útil ao agradável: encontrar aquela pessoa que reúna beleza, simpatia e inteligência? Infelizmente um ser divino desses é bem raro de se encontrar...

Assim sendo, meu caro(a) feio(a): seja sempre simpático, inteligente, tenha estilo e personalidade (também ajuda bastante se você malhar)! Afinal de contas, foi alguma pessoa nem-tão-bonita-assim, mas cativante, que deve ter inspirado a famosa frase "Beleza não põe mesa"...

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* Alguns sintomas da típica baranga despeitada (hahahaha):
(copiado de um post de um blog que achei via Google)

Reclamar do Abuso de Photoshop
NENHUMA MULHER BONITA RECLAMA DO USO DE PHOTOSHOP. Vocês imaginam a Luana Piovanni com uma lupa verificando se tiraram celulite de uma fulana? Acham que a Natalie Portman faz isso? Ou a Megan Fox? É claro que não. Quem reclama do abuso de Photoshop é baranga. Gritaria desse tipo é coisa típica de tranqueira. Não passe esse recibo, sério. É vergonhoso. É o mesmo que fazer uma tatuagem na própria testa com a inscrição: "EU SOU O TRANCA-RUA".

Reclamar de Rankings de Beleza
Esses rankings são feitos para irritar, mesmo, e sempre vão gerar descontentamento. Faça como na entrega do Oscar, imagine que há uma câmera focalizada em você e a estatueta vai para outra pessoa. Não pague o mico de xingar. Por quê? Porque APENAS AS LEGÍTIMAS MOCRÉIAS questionam os critérios dessas listinhas. As bonitonas, gostosas e nervosamente deliciosas não estão nem aí, pois sabem que são foda e cagam e andam. Simples assim.

Rir de Tragédias com Bonitas
Sei que todos gostamos de ver gente se fodendo, daí o sucesso de coisas como o "Fail Blog". Mas as rascunhos de Google Maps do Inferno são seletivas quanto a essa variante do humor: só riem quando é uma bonitona que senta na graxa. A fulana deliciosa levou um tombo? Ela ri e espalha a notícia vibrando! A maravilhosinha levou um fora? Compra rojão! A outra se estrepou? Dá jantar! Ridículo.

Reclamar de "Feinhas"
Existem as barangas, as monstras, os canhões, os demônios, as entidades do ocultismo etc. E há as "feinhas", que muitas vezes são simpáticas e até se dão bem na balada. As escalafobéticas não perdoam esse tipo, pois acham que são "fisicamente paritárias". Então, o que fazem? RECLAMAM! Sim, reclamam! Como se fosse culpa do Cosmos! E aí ouvimos coisas do tipo "olha, onde já se viu, aquela ali com aquele cara, só pode ser alguma coisa assim, ou assaddo blábláblá". Em geral apela para alguma suposta façanha sexual da garota ou favores financeiros.
(...)

*Espero que você não se identifique! rsrs.

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*Música para encher a bola dos nerds:

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Mulheres Atípicas


Que mulher tem lá as suas complicações (em maior ou menor grau), que parecem uma montanha-russa e sempre têm suas nóias, principalmente em frente ao espelho, isso é verdade. Mas, que "mulher é tudo igual, só muda a tintura de cabelo e o endereço", como alguns homens dizem por aí, é um pouco demais em alguns casos peculiares.

Baseado em características minhas e que, fui descobrindo também em amigas próximas (há algum tempo atrás pensava que eu era a única exceção da espécie), percebi algumas das características em comum de mulheres atípicas (pelo menos das que eu me identifico):

Fazer compras é um saco!
Ir ao shopping não é terapia, muito pelo contrário, é estressante. Ficar de loja em loja provando tudo quanto é roupa, com aquela vendedora dando pitaco e te empurrando mais e mais vestimentas - fazendo aquela pilha de peças que você leva pro provador - das quais 90% não caem bem ou não fazem o seu estilo, é de deixar uma "atípica", por vezes, de mau-humor. É claro que é bom renovar o guarda-roupa, mas ir às compras é que é o problema.

Comédia Romântica não é o tipo de filme preferido.
Elas podem assistir de vez em quando a esse tipo de filme, sem problemas. Mas eleger uma historinha "mamão com açúcar" como a favorita, ou chorar no cinema quando o mocinho faz uma declaração super-apaixonada, não é nem um pouco do feitio delas. É muito melhor assistir a um suspense com um roteiro bem elaborado e instigante, um terror psicológico sem assassinos óbvios e mascarados, à la Pânico, ou a um drama inteligente do que a esses filmes engraçadinhos e com final feliz romântico. Novelas também estão fora da lista.

"Pegar sem se apegar" pode ser um lema feminino também!
Nem toda menina fica no pé de um carinha depois de ficar uma(s) vez(es), mesmo que tenha sido bom e, também, nem sempre se espera que o cara mande mensagem fofinha no dia seguinte. Pelo contrário, quando uma atípica adota esse lema (e o segue com convicção), o cara que fica ligando, mandando sms, scraps e afins é visto como grudento e, dependendo do caso e da pegada, pode ser descartado facilmente. O desapego é tanto que pode até render indicações de tipos interessantes para as amigas, sem sentimentos de posse! Porém, não estou dizendo que essas mulheres nunca se apegam, ou que elas querem agir como homens, mas também não são tão emocionais como a maioria e, por isso, não se apaixonam pelo primeiro que diz coisas bonitinhas e é todo fofinho (o que muitas vezes é uma tática pra que a menina "libere" logo). Mas não as confundam com periguetes!

Casar e ter filhos não é um sonho.
Quem diz que toda menina sonha em casar com um príncipe encantado e ter filhos é porque não conhece nenhuma que seja "fora dos padrões". Uma atípica pode sim, casar e ter filhos, mas ela não fica sonhando a vida toda com isso, se imaginando entrando de véu e grinalda na igreja, imaginando como os filhos vão ser e etc. Pelo contrário, elas torcem o nariz (pelo menos quando são jovens) para o casamento, não acham que essa seja a grande fórmula para ser feliz e algumas, nem pensam em ter filhos. Se isso tudo acontecer na vida delas, é porque foi de uma forma natural e bem "pé no chão" e raramente vai acontecer cedo, antes de se ter aproveitado tudo o que a vida de solteira pode oferecer.

Meiguice não é uma característica.
Como já falei em outro post, um dos traços de personalidade que pode se tornar irritante é a meiguice. Muita fofura e aquele mundo cor-de-rosa não pertencem ao mundo das mulheres não-comuns. Claro que, por não serem meiguinhas elas sejam ogras, mau-educadas ou "machudas". Há feminilidade sem usar cor-de-rosa, falar baixo e ser doce o tempo inteiro! É melhor ter personalidade e presença do que ser um "ursinho carinhoso".

Não dê flores, chocolates e ursinhos de pelúcia.
Seja mais criativo! O cara pode até dar um desses presentes alguma vez, se a garota curtir, mas que os próximos sejam mais originais... Melhor observar o que a garota gosta do que ficar sempre na fórmula "infalível", pois ela não "derrete o coração" de todo tipo de mulher.

Um pouco de romantismo não faz mal, mas sem melação.
É bom ouvir coisas bonitinhas quando são sinceras e sem exageros ou frases prontas, ou quando uma atitude inesperada fala pelas palavras. Quando surgem espontaneamente, sem pressão ou cobranças, uma mulher atípica pode se derreter sim, até porque não temos uma pedra no lugar do coração. Quando elas estão apaixonadas, então, se permitem serem "bobas" em alguns momentos, mas sem tirar os pezinhos do chão e ficar se iludindo.

Sem cenas de ciúmes ou proibições, por favor.

Elas prezam pela sua liberdade, mesmo quando estão namorando.
Não é um homem que vai chegar, entrar na vida da garota e começar a dizer o que ela pode ou não fazer, que ela só deve sair com ele e afastá-la dos amigos. Cenas de ciúmes e vigilância 24 horas são abomináveis. O inverso também não vai acontecer. Cada um tem a sua vida particular, a sua individualidade, além de ter uma vida a dois. Isso resume tudo.

Sabemos utilizar qualquer aparelho eletrônico (e se não soubermos, nos viramos com os manuais), conseguimos trocar lâmpadas e abrir latas.
Nem sempre precisamos dos homens para essas tarefas... Mas, é óbvio que não é isso que vai fazer uma mulher ser independente.

Um fato curioso é que, muitas vezes, a mulher atípica pode acabar "assustando", e até, repelindo, muitos carinhas que curtem uma menina que dependa dele para tudo, que seja meiga e "frágil". Melhor que eles não se sintam atraídos mesmo, porque esse tipo dificilmente cairia no gosto de uma menina com as características citadas. Porém, elas acabam sendo muito seletivas, já que não conseguem descer o nível para investir em alguém que não seja compatível com a sua forma de pensar e agir, a não ser que estejam na seca e queiram apenas uma boa "pegação" (no meu caso, nem assim consigo abrir exceção! rsrs).

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Nem só de forró vivem as Festas Juninas!


Bandeirinhas coloridas. Muito milho. Forró. Comidas típicas. Fogueiras. Forró. Fogos de artifício. Bombas. Forró. Friozinho. Gente de fora. Forró. Balões. Barraquinhas. Forró. Festas no interior. Quadrilhas. Forró. Santos. Simpatias. E mais forró. Forró, forró e forró... Nessa época do ano aqui no nordeste, como todo mundo sabe, só dá forró.

A Festa Junina - que ao contrário do que muita gente pensa não surgiu por aqui - foi trazida pelos portugueses, pois nos países católicos da Europa ela já era celebrada, em homenagem a São João, primo de Jesus. A tradição da quadrilha também veio de fora, surgiu na Inglaterra e foi popularizada pela nobreza francesa. Chegando ao Brasil, no século 17, foram incorporadas, aos festejos juninos, as comidas feitas de milho, já que essa é a época de fartura do alimento, além de manifestações folclóricas e ritmos típicos de cada região. Aqui, é claro, o forró e o baião.

Mas nem só de forró vive o São João! Em junho do ano passado, pude vivenciar um San Juan, na Espanha. Fui a duas festas típicas do dia 23 de junho: Fiesta del Água e Fiesta del Fuego. A primeira, era numa pequena cidade chamada Lanjarón (famosa por ter uma das melhores fontes de água potável da Espanha), nas montanhas de Granada, onde todo mundo atirava água em todo mundo, munidos de baldes, pistolas e mangueiras. A cidade inteira participava jogando água nos "foliões" das varandas de suas casas. Um verdadeiro carnaval em pleno mês de junho, de onde NINGUÉM conseguia sair seco. Depois do fim da festa, lá pela meia-noite, era hora de descer para a praia, em Salobreña (na província de Granada tem serra e mar, e tudo é perto).


à caminho de Lanjarón

chegando...


preparação!


De semelhança com o São João do Brasil, só tinha mesmo a fogueira e a tradição de jogar um papelzinho com um desejo escrito, para que seja realizado. Nessa praia, além de uma fogueira gigantesca, tinha vários focos de música eletrônica, como se fossem pequenas raves espalhadas. Isso mesmo, música eletrônica ao invés de forró ou quadrilhas! Na Espanha, não existe um tipo de música típica nesses festejos. Muito menos comidas de milho (disso eu senti falta). Como eu detesto forró - contrariando as minhas raízes paraibanas - achei muito interessante o San Juan.


Mas, apesar da overdose de forró pela qual a gente é obrigado a passar aqui na Paraíba, eu gosto das festas juninas. Adoro o cheiro de milho, o clima mais ameno, me caracterizar de caipira nas festinhas particulares, os fogos, a alegria das pessoas e o todo o movimento de gente viajando pra lá e pra cá, indo para o interior e vindo de fora.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

3 Tipos que Irritam


Existem vários 'tipos' de gente irritante por aí, cada um com a sua peculiaridade e seus 'manuais' de como encher o saco de alguém. Dentre tantos exemplares, destaco três tipinhos muito comuns que me irritam bastante e são, muitas vezes, pré-requisitos para eu não me aproximar (ou me distanciar, caso o meu radar falhe).

Aqui vão eles:


O pseudo-intelectual: é aquela pessoa que, depois de se exibir sobre diversos assuntos que considera inteligentes - baseado em opiniões intectualoides, de outras pessoas, que encontra muitas vezes através do Google - e depois de falar sobre diversos livros/filmes/bandas (que nem conhece tão bem), vem com aquele ar de desdém e a pergunta clássica: "Você não sabe quem é...?", "Você não conhece a banda...?", "Você não viu o filme...?" E faz isso em tom de surpresa. Provavelmente essa pessoa tem uma lista de bandas, que são de lá de onde "o vento faz a curva", que ninguém nunca ouviu falar e que só ele e os amiguinhos 'pseudos' dele escuta (ou nem isso). Também cita livros/autores chatos e/ou pouco conhecidos, diz que não lê best-sellers e só assiste a filmes considerados 'alternativos'. Tudo isso com a única e exclusiva finalidade de se exibir. Esse tipo é facilmente derrubado com um bom argumento inesperado, pois geralmente não domina o assunto que está falando, ou algo que ele não saiba (fica com cara de tacho).


A meiga-sonsa: não se deixe enganar pelo seu jeitinho meigo, sempre quietinha, boazinha, fofinha, 'inha' demais! Geralmente não costumo nem me aproximar de pessoas muito meigas, pois não suporto tanta 'fofura', mas claro que há excessões (desde que a pessoa além de meiga não seja sonsa). Esse tipo é capaz de aprontar mil-e-umas pelas suas costas, sair de vítima e ainda ter 'fãs' que babam o seu o ovo e acreditam que ela não fez aquilo por mal. A falsidade desse tipinho impera atrás de um sorriso, aparentemente doce.


O engraçadinho: bem comum entre os tiozões, esse tipo se acha super espirituoso e vem com piadinhas e comentários bem impertinentes ou de senso comum. Na maioria das vezes, não possuem 'semancol' e insistem num papinho ridículo e 'engraçadinho', mesmo se já tiverem levado um fora. As cantadas desses homens então... Sem comentários! São altamente broxantes, e às vezes até engraçadas (o que pode fazer uma menina rir de tamanha breguice e acabar fazendo com que o sem noção ache que tá abafando). É um tipo de mala sem alça de quem qualquer uma já foi, é ou será vítima.


É bom todo mundo estar com o seu radar anti-mala bem ligado para não cair nas 'graças' desses tipos. Porém, querendo ou não, você só acaba aprendendo a detectá-los de verdade depois que um deles cruza o seu caminho e deixa a sua marca.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Aconteceu há quase um ano na Bélgica...


Em julho do ano passado, quando morava na Espanha, tive a sorte de ir a um dos melhores festivais de música da Europa, o Rock Werchter. A primeira vez que ouvi falar desse festival, foi através da Julie, uma "compañera de piso" belga (uma das meninas que dividia apartamento comigo), mas só fui me interessar mesmo quando uma amiga me "apresentou" ao site do festival e me chamou pra ir, junto com outro amigo nosso. Foi ele quem, de fato, descobriu ESSE festival em meio a inúmeros outros que acontecem nessa época do ano por lá, em pleno verão europeu.

Fuçando o line up do Rock Werchter, que foi eleito o melhor de 2008, fiquei super empolgada com as atrações e, é claro, não ia perder essa oportunidade, já que tava perto de voltar pro Brasil e nunca tinha ido a um festival desses. Na programação tinha bandas como: Radiohead, R.E.M, The Verve, The Chemical Brothers, Moby, Beck, Kings of Leon, Kaiser Chiefs, The Raconteurs, Lenny Kravitz, Sigur Rós, Mika, entre muitos outros. Assim, formamos um grupo de 5 pessoas, que tavam fazendo intercâmbio em diferentes partes do continente e arrumamos nossas barracas e mochilas.

O festival acontece todos os anos, desde 1975, em Werchter, uma cidadezinha bem próxima a Bruxelas (na verdade, tudo é muito próximo nesse país), em meio a um campo verdinho, rodeado de árvores. No caminho encontramos muitas fazendinhas com vacas e casinhas típicas. E chegando lá, fomos em busca do nosso setor de camping, que é oferecido pelo festival pra quem quer passar os 4 dias. Era empolgante ver aquele mar de gente de várias nacionalidades, com as suas mochilas nas costas rumo ao Rock Werchter.

Foram 4 dias de muita música. Os shows iam de meio-dia a 2h da manhã, em dois palcos. Choveu quase todos os dias, fez frio à noite, muito calor de dia, deixamos nossos tênis podres de lama... Tivemos que comprar galochas e capa de chuvas, catamos copos descartáveis do chão durante os shows que não nos interessava - já que a cada 20 copos você ganhava 1 cerveja - enfrentamos filas pra tomar banho a 4 euros (o que nos fez optar por tomar banho dia sim, dia não), bebemos apenas cerveja, já que não tínhamos outra opção (só vendiam Stella Artois e não sabíamos disso), fizemos "amigos de festival" de várias partes do mundo, nos acabamos nos shows, enfim, curtimos tudo até quando já estávamos esgotados!

A organização desse festival é algo realmente impressionante. A começar pelo transporte: de qualquer parte da Bélgica você pode pegar um trem até a estação de onde sai vários ônibus, exclusivos, pro local do festival e são organizados a partir do setor do camping que as pessoas vão ficar. No final é a mesma coisa: além dos ônibus de volta, você pode pegar um trem de Bruxelas pra qualquer outro lugar, sem ter que pagar a mais por isso. Pela primeira vez na vida, encontrei milhares de banheiros químicos que ficavam limpos rapidamente a cada 30 minutos, mais ou menos, além de SEMPRE ter papel higiênico. Até carregar o celular era possível, com alguns postos com todas as marcas de carregadores já acoplados. Nem preciso falar que não vi uma confusãozinha sequer. O clima do festival era maravilhoso, inesquecível!

Quem tiver a oportunidade de ir esse ano (e me deixar com invejinha), ou apenas tiver curiosidade, dá uma olhadinha no Line up do Rock Werchter 2009. Mais uma vez, tá muito bom.

Site do festival: http://www.rockwerchter.be/

*Só pra dar um gostinho, o alucinante show do The Chemical Brothers, com seus incríveis efeitos visuais:

quinta-feira, 11 de junho de 2009

"A culpa é dos outros!"


Através dos olhos dos outros, vemos como a nossa imagem está sendo refletida. É como um espelho-mágico que não nos esconde nada, nem aquele pneuzinho saltando na lateral da barriga e nem o que acham daquelas coisas que você diz, às vezes, quando bebe todas. Mas como sempre a culpa tem que ser de alguém, é claro que é o espelho da academia que engorda, pra fazer você malhar mais, ou a culpa é do álcool, no caso da bebedeira (e é claro que você vai ter uma amnésia alcoólica quando convir).

-"Mas que injustiça! Fulaninho nem sabia o que se passava pela minha cabeça pra eu dizer aquelas coisas e fica aí me julgando". Óbvio, primeiro pelo fator-surpresa: aquela pessoa fechada, super na dela, usou a cachaça como um 'soro da verdade' e saiu se revelando (e aprontando) por aí, depois porque todo mundo tem os seus valores, e como todo ser humano, tem mania de julgar as atitudes dos outros, mesmo sem saber os motivos internos que levaram a pessoa agir daquela forma.

Por outro lado, é através dos outros que percebemos que existimos. É verdade, quer ver? Como é que você sabe se tá vivo se ninguém olhar/falar/escutar/perceber/tocar/se dirigir a você? É como se alguém tivesse morrido, não soubesse que está morto e não entendesse o porquê das pessoas não percebem a sua presença (digno de filme de Sessão da Tarde). É, só que ninguém pode viver pautado pela cabeça alheia, tirando o corpo fora das próprias decisões e apontando o dedo pros "culpados" das próprias falhas e frustrações, renegando a liberdade que todo mundo tem em escolher, desde o que vestir até que caminho seguir. Isso é o que Jean Paul Sartre chama de covardia, através da qual agimos pela má fé da nossa consciência.

É com esse pensamento, chamado de existencialismo, que Sartre escreveu, em 1944, uma peça chamada "Entre Quatro Paredes" ("Huis Clos"), onde a ideia de “ser para o outro” é mostrada através dos personagens Estelle, Garcin e Inês. Na peça, os três personagens mortos, chegam a um “inferno” nada convencional: uma sala fechada, sem janelas, espelhos, aberturas - e muito menos diabinhos chifrudos e cheiro de enxofre - num lugar onde sempre está claro e ninguém dorme, condenados a uma convivência e julgamentos eternos, cada um é o "carrasco" do outro. Afinal, "o inferno são os outros"!

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Para quem curte teatro, o texto "Entre Quatro Paredes" está sendo montado pelo Grupo Graxa de Teatro e tem estreia prevista pro final de julho. Como alguns sabem, estou fazendo uma reportagem (escrita) sobre o trabalho do grupo durante a criação do espetáculo. E, como tenho acompanhado os ensaios, recomendo a peça!
Quando tiver mais informações, posto aqui.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Agora vai!


Depois do meu antigo, e entregue às moscas, blog Ladrilhante - que ganhava um postzinho de vez em nunca - eis que surge o Ócio Felino, que nasceu a partir de um surto de vontade de ter um blog decente (e que contenha posts frenquentes).

Confesso que a minha criatividade para escrever andava meio flácida, como um músculo preguiçoso quando não é muito exercitado. Porém, agora entrei na "academia" do tcc (trabalho de conclusão de curso) e, como tenho que escrever uma grande reportagem, ando me exercitando bastante.

Os primeiros posts do Ócio Felino foram importados do extinto Ladrilhante (tinha que começar com alguma coisa, né!) e a partir de agora, postarei textos inéditos sobre tudo o que as minhas horas de ócio e a minha mente "felina", em frente a uma tela de computador permitir, mas sempre dentro de temas como: cultura, viagens (em todos os sentidos), curiosidades, pontos de vista e blá blá blá's.

Muitos blogs que eu acompanho me inspiraram a voltar (ou entrar de vez) na blogosfera, assim como a minha (cri)atividade cerebral, que voltou a dar sinais na área da escrita. Espero que esse humilde blog felino possa contribuir com coisinhas interessantes pros momentos em que vocês estejam aí, navegando na net sem rumo...

Divirtam-se e aninhem-se! O balaio é todo de vocês!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Descobrir o mundo

Conhecer um novo lugar do mundo alegra os sentidos, é um festival de sensações. Em cada canto, seja em qualquer uma das direções, uma explosão de novas cores, cheiros (bons e ruins), lugares que encantam ou desencantam... Mas todos com sabores até então desconhecidos pelo paladar.

E os habitantes de cada um desses lugares? Parecem que não existem: ou já fazem parte da paisagem - mais uma atração turística - ou parecem ser viajantes, como você. Tudo porque aquele é um cotidiano alheio ao seu. Talvez essa seja a resposta...

E a sensação de ver uma atração famosa? É como entrar numa foto de um postal, desses que você compra como souvenir, e fazer parte dele. Mas o mais gostoso talvez seja a descoberta de um novo "cartão-postal", aquele que só os seus sentidos tenham captado e se deliciado, até um detalhe qualquer, que faz aquela cidade ter uma imagem totalmente diferente para você.

Ser um andarilho é a arte de explorar, sentir e observar. E o mundo esta aí, de abraços abertos, à espera de um (re)encontro. E eu, já não vejo a hora de poder abraçá-lo novamente, com toda a minha curiosidade de descobrir suas mais variadas nuances.